quarta-feira, 27 de julho de 2011

"CRÔNICAS DA MINHA VIDA" - N° 1 - O homem do chapéu






Ontem uma brincadeira no facebook sobre recordações que os amigos tem de nós, uma amiga me fez lembrar de um acontecimento que me levou a recordar de outro, e deu origem a este post.
Este divertido episódio da minha vida, ocorreu no verão de 1989 (Faz tempo hein ?! RSRSR....) e mostra meu lado amalucado, desmiolado, irreverente, ainda mais aflorado no calor da minha juventude.
Tenho inúmeras histórias guardadas bem lá no fundo do cofre da minha alma, que calma e lentamente vão fluindo e aqui vou, através da minha apreciação pessoal dos fatos, discorrendo para vocês. Algumas  interessantes, umas divertidas, hilárias, escatológicas e outras nem tanto.

Vou iniciar a narrativa, começando com um comentário sobre um ditado popular que diz: "Negro quando pinta tem de 100 a 130." E é a mais pura verdade, é incrível como os negros parecem não envelhecer como nós, bichos de goiaba, branquelos xexelentos ... Quando vemos um negro de cabelos brancos, pode crer que ele é muito, mas muito velho mesmo!
Porém, voltando a história`tudo começou num dia de verão, maravilhoso e ensolarado de Janeiro, minha amiga inseparável e eu, passávamos férias como sempre, na minha casa de veraneio na Vila Caiçara, Praia Grande, litoral de São Paulo, ambas estávamos nos preparando para participar pela 1ª vez do famoso  baile "Uma Noite nos Mares do Sul" , do Ilha Porchat Club. Resolvemos que precisávamos de mais material para as fantasias, tomamos um ônibus local, logo cedo, e partimos para São Vicente onde tomaríamos o ônibus rodoviário para São Paulo.

Até aí, tudo corria normal e tranquilamente como o planejado. Compramos as passagens, nos instalamos em nossos assentos , ao nosso lado sentou-se um Senhor negro, simpático, bem gordinho, de cabelos brancos, de bengala e chapéu, que aparentava pelo caminhar lento e difícil, ter muita idade, ele nos sorriu, se acomodou e o ônibus partiu.
Alguns minutos após a saída do ônibus, agora vou expor a sequência do incidente desagradável ocorrido, virei meus lindos olhinhos jovens e verdes para o Senhorzinho, bonitinho, simpatiquinho, e qual não foi minha maior surpresa, quando ele sorrindo, levantou seu chapéu que estava no colo, me mostrando aquela chouriço murcho, esquálido e o que é pior velho e extremamente usado.

Levei um susto, não esperava aquilo de maneira nenhuma, foi quando olhei para minha amiga que se encontrava estática e inerte ... fui contar-lhe o ocorrido, mas  interrompeu-me boquiaberta dizendo que já havia visto a tal coisa  desqualificada de fora.
Viajamos até a metade do caminho, olhando  na direção da janela, sem podermos nos mover, já estávamos com torcicolo, porque ao menor sinal de movimento contrário já subia o chapéu.
Foi quando um policial militar, pediu carona para o motorista, ele entrou e se acomodou no fundo do ônibus, eu mais do que depressa disse a minha amiga: "Quer ver, tive uma ideia?!',   mas a pobre não teve tempo de dizer uma  só sílaba, eu já me encontrava de pé e bradando: "Socorro!Socorro! Ajudem, o Senhor aqui está passando mal..."

Quando todos os passageiros se encontravam em pé ao seu redor, inclusive o policial, me perguntando o que se passava, eu disse:  (Não me perguntem de onde tirei isso, porque não vou saber responder, saiu tão espontâneo, que até eu me admirei!) : Ajudem ele está muito mal, esta com falta de ar nos genitais, desde que saímos da rodoviária, que ele está com tudo para fora."
Não preciso dizer a reação da platéia, todos gargalhavam, o coitado do guarda tentando manter a postura, ficar sério, enquanto  pedia ao Senhor que levantasse o chapéu, não conseguia conter as lágrimas que corriam pelo seu rosto, tamanho o esforço para não rir.

O Senhor branco de pavor, só balançava a cabeça de forma negativa, os olhos esbugalhados, muito assustado, levantou o chapéu e o policial imediatamente mandou que guardasse aquilo dentro das calças e passou-lhe um enorme sermão.
Até hoje, minha amiga diz que sou louca, mas quem não é?

(By Simone Audrei)


"Dizem que sou louca por pensar assim
Se eu sou muito louca por eu ser feliz
Mas louco é quem me diz
e não é feliz, não é feliz..."


(Balada do Louco - Arnaldo Batista/Rita Lee)

9 comentários:

  1. heheheheheheh!!! Continuo rindo de sua peripécia. Você foi por demais criativa. Imaginei a cena e lógico, caí na gargalhada. Muito boa sua lembrança!

    Bjs.

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  2. RSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRS!
    Você é demais! Que loucura!
    Nem parece real e, sim, cena de filme.
    Beijos.

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  3. Eu tive que rir... rsrs

    É um distúrbio o que o tal senho tem, deve ser mais forte que ele.

    Beijocas

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  4. Menina, que velginho danado em/estou ainda rindo. Mas olha prabéns cm tua magnifica solução para o problema.Obrigado pela visita e por comentar,
    Bjos.
    Tenha uma linda noite e lindos sonhos.
    http://wwwavivarcel.blogspot.com/

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  5. Simone, rolei de rir aqui. Menina, mas tem hora que passamos por cada uma que temos que ter o rebolado da improvisação kkkkk

    Adoro essa música da Ritoca lee, aliás adoro essa loucaaaaaa :)

    bjokitas pra ti!

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  6. Simone, eu fiquei aqui imaginando a cena, viu! Engraçadissima demais. Muito bom. Um beijo no seu coração.

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  7. Olá querídissima !!!

    kkkkkkk ah mas eu adorei esta história !!!
    Fiquei aqui imaginando a cena e morri de rir, você teve uma idéia ótima e divertida para a situação !! Aposto que o safadinho nunca mais vai ficar fazendo estas coisas ridículas por aí, ficou traumatizado kkkk
    Que constrangimento certas pessoas causam, não é mesmo ? coisa de maluco amiga rsrs

    Um super beijo e bom fim de semana !

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  8. Nossa!!!
    Que safado!!

    Já ouvi umas histórias parecida! Parece que os antigos gostavam de fazer isso para as mocinhas!


    Uma vez, vi uma mulher contando uma história um pouco mais bizarra. Ela estava em um ponto de ônibus, e tinha um cara com um jornal aberto na mão, estrategicamente, para usá-lo como o chapéu do senhor. E ela via que o cara sempre tentava entrar nos ônibus lotado, se esfregava nas mulheres e depois voltava pro ponto, não embarcava. Dava uma que não dava para entrar no ônibus.
    Depois ela viu que o jornal era pra cobrir o chouriço dele.
    Aí, quando o ônibus vinha, ele corria atrás das mulheres que queriam embarcar... E ia se esfregando, até conseguir ejacular...



    Louco é Pouco

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