Senti a necessidade de retomar um tema, devido a um episódio ocorrido hoje, quando fui ao clube com meus filhos para espairecer.
O tema recorrente é: por que as pessoas sentem tanta necessidade de cuidar da vida alheia, de intrometerem-se onde não são chamadas, de mexerem com quem está quieto? ...
Cheguei no clube, me dirigi às piscinas, passei protetor solar nos meninos, passei protetor em mim mesma, me sentei à sombra, retirei meu netbook da mala e comecei a aproveitar aquele tempinho sossegado para ler meus emails, responder alguns recados, twittar, bloggar, ler algumas notícias para me atualizar, enfim, comecei a procurar algo interessante para ler e passar algumas horinhas agradáveis, quando surgem duas "bruácas" , uma loira, gorda, feia e velha, junta com sua amiga morena não menos "bruáca", igualmente gorda, feia e velha, ambas adentraram na água e começaram a fofocar de mim, uma soltou a frase "isto é uma afronta!", e a outra logo prosseguiu " se ainda fosse uma empresária, até concordo" ... e a coisa prosseguiu por aí afora.
Aí, eu pergunto a vocês o que essa dupla de desocupadas tem com isso? O que sabem a meu respeito, o que sou, o que faço? O que sabem da minha vida? E ainda, será que a gordinha morena tem noção do significado da palavra "afronta"?
Afronta significa injúria pública, abuso, ataque, desfeita, ofensa, provocação, ultraje.
Em que momento do meu relax vespertino eu cometi tal ato? Quando foi que provoquei alguém? Quando ofendi alguém ? Quando ataquei alguém? Sentiram-se afrontadas por mim, apenas por eu estar usando "meu" netbook, "minha" internet móvel, fazendo "minhas" coisas, cuidando da "minha" vida, tudo comprado com "meu" dinheiro, fruto do "meu" esforço ...
Juro que não compreendo está necessidade que algumas pessoas tem de prestar atenção nos passos do outro, julgando, condenando, aprovando, reprovando, concordando ou discordando .... isto sim, é um desrespeito para com o outro.
Realmente penso que estou vivendo em outro mundo, em outro planeta, onde as coisas são muito diferentes da forma que penso, que vejo, que sinto e que ajo.
DA MINHA VIDA CUIDO EU!
Taí, desabafei mais uma vez ...
(Montesquieu)
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