Este ano o "Dia das Mães" não me inspirou a escrever nenhum discurso em louvor as mães, talvez porque o assunto "mãe", nos últimos tempos tem me despertado a impertinência.
O significado da maternidade para muitos, no mundo de hoje não está em harmonia com aquilo que penso sobre o assunto.
Primeiro, porque o "Dia das Mães", como todas as demais datas comemorativas, ao longo do tempo vem se tornando cada vez mais comerciais.
A data perdeu seu significado mais profundo, onde render uma homenagem a mãe, podia ser simplesmente um longo e sincero abraço, um caloroso e valoroso beijo, um respeitoso e amoroso cartão com uma dedicatória verdadeira, feito com muito carinho com as próprias mãos, cheios de rabiscos e desenhos, uma demonstração original de puro afeto.
Em segundo lugar, porque tanto as atitudes e comportamentos do ser humano, a cada dia que passa nos surpreende mais e mais, e o quão sombria e assustadora pode ser a natureza humana.
Existem mães e MÃES, é óbvio que existem as exceções, aquelas que merecem muito mais que uma singela homenagem num determinado dia especial, aquelas que merecem todos os dias serem veneradas com demonstrações francas de carinho e agradecimento por tudo o que fizeram, fazem e ainda farão por seus filhos e netos também. Aquelas Mães, que se desdobram na função de mães e pais, em cuidados, em atenção, abdicam de suas próprias vidas e sonhos em prol dos filhos, se multiplicam em várias jornadas de trabalho para e pelos filhos, mães anjos, sábias, protetoras, corujas, leoas ...
MANCHETES;
"DIRETO DE SP: BEBÊ JOGADO EM LIXEIRA DE HOSPITAL TEVE TRAUMATISMO CRANIANO." (11/05/2011)
"LIBERTAÇÃO DE MULHER QUE TERIA MATADO MENINAS DE FOME GERA PROTESTOS."
(11/05/2011)
"MÃE DEIXA FILHO TETRAPLÉGICO APÓS ATIRAR ESPETO DE CHURRASCO." (10/05/2011)
Não preciso muito, para ficar indignada, perplexa, revoltada diante das manchetes estarrecedoras acima que estampam nossos noticiários, e estas, são apenas algumas das muitas atrocidades frequentes cometidas por aquelas que se intitulam mães, sem contar aqueles casos que nem vem a tona, que ocorrem no silêncio de quatro paredes, torturas físicas, psicológicas, espancamentos, abandono, e uma série de outras barbaridades ocultas pela família.
Estas mães não são e nem podem representar a maternidade, seus conceitos e atos sobre este assunto são totalmente deturpados.
Sempre vislumbrei uma mãe, como um ser quase sagrado, com um instinto materno doce porém firme, protetora e professora, séria e brincalhona, presente em todos os momentos da vida dos filhos... sempre foi assim no meu mundo e o contrário me choca, não me sinto preparada para encarar essas supostas mães desse novo outro mundo real.
Hoje (12/05/2011), minha mãe completa 71 anos, é seu aniversário, ela é minha melhor amiga e companheira, laços fortíssimos nos unem, sei que com ela nunca estou só, sei bem, que o dia em que ela não mais estiver ao meu lado, perderei uma parte de mim ...
O ano passado tive a feliz oportunidade de realizar juntamente com meu irmão uma homenagem, uma grandiosa e belíssima festa surpresa com direito a retrospectiva depoimento de parentes e amigos, música e dança de sua época de juventude, livro de recordações, fotos, vídeos, regada a uma deliciosa feijoada com bolos, doces, sorvetes,, com a presença de toda a família, inclusive sua única tia viva, irmã de mina avó, um músico tocando acordeon, que era o instrumento que ela tocava quando jovem e um barman sarado, gatíssimo para servir de colírio para os olhos da "véinha", uma verdadeira volta ao passado.
Tenho certeza que foi um dos momentos mais felizes e inesquecíveis da minha vida, e da dela também, poder ver o brilho de felicidade e alegria em seus olhos, agradeço também ao meu marido, que me ajudou a proporcionar a ela este momento maravilhoso.
Parabéns Mãe! Que Deus a abençoe e que você seja sempre muito feliz! ...
Te amo, Gorda!!
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