RELACIONAMENTOS

Falavamos um velho amigo e eu, que há muito não via, sobre relacionamentos, ele me contava suas aventuras e desventuras amorosas e seus inúmeros casamentos desfeitos.
Tal conversa, fez-me refletir sobre algumas questões:
Os opostos se atraem mesmo?
Por que alguns relacionamentos duram e outros não?
Existem mesmo almas gêmeas?
Tendemos a escolher o parceiro perfeito, espelhando-nos em nós mesmos?
Há quem diga que no amor, assim como na física os opostos se atraem e os semelhantes se repelem. Acredito que isso funcione com os imãs, mas nos relacionamentos pessoais isso não dá muito certo.Talvez funcione no início, mas com o tempo as divergências tendem a se potencializar, os antagonismos tendem a pesar, e é aí, nesse ponto da história que o Príncipe vira sapo. E as diferenças que antes eram o que atraía, passam a ser motivo de conflitos.
O mesmo acontece com os semelhantes,com os ditos pares perfeitos, verdadeiras almas gêmeas. Com o tempo tanta semelhança vira uma rotina chata, monótona, o relacionamento fica naquela mesmice, naquele marasmo, tudo muito perfeito, muito redondo, certinho demais. E as semelhanças que antes tanto atraíam , passam  a dar enjôo, tamanha perfeição. Aquela igualdade toda começa a gerar faíscas, começa a dar choque, a repelir , a irritar ... e novamente o Príncipe vira sapo. Ou para quem preferir, a Princesa vira rã.
Depois de muito ponderar, cheguei a conclusão de que num relacionamento o oposto nãoé a melhor opção, porém o semelhante também não.
Para que as coisas fluam bem, para um relacionamento duradouro, o ideal é o meio termo, nada de diferenças em demasia para não destruir o relacionamento, nem mesmices demais para não se frustrar.
A verdade é que o meio termo é ideal em todos os aspectos da nossa vida, até quando cozinhamos, se colocarmos muito sal, salgaremos e se colocarmos sal de menos a comida ficará insossa.
Portanto, o casal perfeito é aquele que possue muito em comum, mas também diverge em muitos aspectos para que o clima fique sempre em sincronia.