"Se não pode com eles, junte-se a eles", ou ao menos tente, é mais ou menos isto, que venho tentando arduamente fazer com os meu "aborrecentes" caseiros, procuro me aproximar, participar, conversar, me atualizar, modernizar,estou sempre aberta e presente para qualquer coisa que precisem.
Levo pra balada, vou buscar, dou carona para os amigos, abro minha casa para as festinhas da galera, empresto roupas, transformo meu lar em albergue, ouço desabafos, me arrancam conselhos, procuro me integrar, interagir, ser amiga, mas ... adolescente é um bicho diferente, quando se trata deles, nada parece bom o suficiente.
Como é difícil para nós pais, este período na educação dos filhos, chegamos a sentir saudade da época dos vómitos, das fraldas, das febres, do choro noturno ...
A tarefa de saber como se educar os filhos, já não é normalmente fácil, na adolescência as dificuldades são ainda maiores.
O diálogo com meu filho de 16 anos, está cada vez mais difícil, ou melhor, não se trata mais de um diálogo, e sim de um monólogo, onde ele fala, ele pergunta, e ele mesmo responde. Não tenho o direito nem de concordar com ele, quanto mais discordar.
O ser humano para enfrentar esta fase de transição da criança em adulto, deveria fazer como as lagartas, se fechar dentro de um casulo e sair somente quando a transformação estivesse completa.
Meu filho de 11 anos, também já começou a dar sinais que a tempestade se aproxima, sou mais perseguida por ele do que bruxa na inquisição. Não faço nada direito, não sei de nada, não entendo nada, sou a incompetência em pessoa, sou um verdadeiro alvo ambulante para suas farpas.
P.Q.P, ô ... fase complicada!
O mais velho, quando não esta com a galera, refugia-se no isolamento do seu quarto, trancafiado no escuro da sua batcaverna, quando sai de lá, lança um olhar impertinente, faz uma cara de pouco caso e quando perguntado por alguma coisa, resmunga por monossílabos ou então, balbucia algo como: "Ahh!! ??..." parecendo estar no mundo da lua.xx
Vive arrumando conflitos desnecessários, se acha dono do próprio nariz e acredita também ser o dono da verdade, nutre ciúme pelo pai e diz que não é querido por ele.
O outro, é um rebelde sem causa, triste e infeliz, tem a famosa "síndrome do filho de meio", ninguém me ama, ninguém me quer, principalmente eu, que sou pior que a Madrasta da Cinderela.
Atualmente me encontro dentro de uma revolução particular, onde estou sendo bombardeada por todos os lados, me sinto no olho do furacão.
Sou culpada pelo frio, pela chuva, pela nota baixa, pelo fim de um namoro ou até pelo fim do mundo, pela acne que surge de repente, pelo corte de cabelo que não deu certo, pela balada não ter sido boa ...
Obs.: Ontem fui comparada a Glória, "Hipopótama do filme Madagáscar, "gorda e ainda me acho",
Pode ?!... Eu mereço ...