Aprendi apanhando da vida, que ela é dura ... e nem sempre é justa!
Que é fácil falar em perdão, criar textos lindíssimos, fazer discursos magníficos sobre o perdão.
Agora perdoar de verdade é que são elas ...
Difícil é perdoar, é esquecer, é arrancar do coração os agravos sofridos.
É fácil dizer perdoe, quando não se está na pele de quem sentiu os golpes do açoite.
Certos atos, certas palavras, ferem tão profundamente, que por mais que se deseje perdoar completamente, o coração não permite, basta uma simples lembrança do fato, para brotarem lágrimas dos olhos e o coração ficar apertado, é o perdão da boca para fora, ilusório, falso, superficial, porque o ressentimento fica e é altamente destrutivo, corrosivo ...
Há muito tempo atrás conheci uma pessoa que dizia: "Para mágoa não tem perdão"... Será ?!...
Em certas situações, o simples ato de pedir perdão, muitas vezes não é o suficiente, e as vezes não convence, mais difícil ainda, é perdoar aquele que não se arrependeu e não se arrepende do que fez ou disse, e que dia após dia, busca colocar mais uma pedra em seu caminho.
Ainda não me sinto preparada para a virtude do perdão, estou muito longe disto, não sou indulgente para com estas pessoas que cometeram e cometem erros imperdoáveis, gravíssimos e injustos, deixando feridas e cicatrizes marcantes, não consigo desenvolver um sentimento de compreensão para com elas e seus atos. Está fora do meu alcance!
Entendo perfeitamente que o perdão é muito mais importante para quem perdoa. Sei bem, como escreveu William Shakespeare, que "guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra."
Mas por hora, não consigo ...
Sou humana, imperfeita. Tento ... mas ainda não posso. E não sei, se um dia poderei perdoar ... só o tempo dirá ...
