Incrivelmente lembro-me de cada detalhe daquela fatídica noite de embriaguez. Tudo começou quando meu pai chegou do trabalho e junto com minha mãe, resolveram abrir uma garrafa de Martini bianco, tomaram uma pequena dose cada um antes do jantar. Eu, muito curiosa, pedi para experimentar, deixaram eu molhar o dedinho e chupar... que coisa deliciosamente doce e diferente! Enlouqueci! Queria mais ...
Durante o jantar fiquei maquinando um jeito de me aproximar daquele líquido fantasticamente saboroso.
Após o jantar, fomos todos ver TV, então pus em prática meu plano que arquitetara durante o jantar, comecei minha aventura etílica.
Levantei, disse que ia ao banheiro, passei pela cozinha, arrastei uma cadeira até o armário para servir de escada e cheguei até onde estava a preciosa garrafa e seu líquido maravilhosamente tentador, enchi um cálice e dei o primeiro gole de muitos, aquilo desceu pela minha garganta suavemente, fui até o banheiro apertei a descarga e retornei a sala. Mas algo me compelia, me chamava, aquela bebida tinha gostinho de quero mais. Repeti a mesma cena centenas de vezes, até o momento em que minhas perninhas começaram a não querer mais me obedecer, me levavam para a cozinha em zig-zag. Tudo começou a girar, eu ria, ria muito, a partir daí as coisas não são mais muito claras na minha lembrança, elas vêem em flashs, me lembro de cair, tentar levantar e cair de novo, bater a cabeça na parede e achar tudo aquilo muito engraçado .
Me recordo ainda de minha mãe, estranhar meu comportamento, dizendo: "Tá ficando doida, vai se machucar! O que deu nesta menina?"
Foi quando minha mãe chegando na cozinha, se deparou com a cadeira, o armário aberto e a garrafa do Martini pela metade. Tomei meia garrafa!
A partir daí, acho que dei PT, não lembro mais nada, só o que me contam.
Fui levada rapidamente até a farmácia próxima e medicada segundo a orientação do farmacêutico amigo da família.
Como todo bebum que se preza, muito bêbada... passei muito mal, vomitei, curti a ressaca do dia seguinte e até hoje sou motivo de chacota familiar.
Pra dizer a verdade, o ocorrido não me serviu de lição, durante o decorrer da minha vida, houveram outros pifões, uns constrangedores, outros hilários e outros épicos, que se tornaram parte da crônica da minha vida e acabaram fazendo eu me divertir com minha própria situação.
Falando sério, sempre ouvi dizer que alcoolismo é hereditário, está no sangue, como meu histórico familiar tem uma ficha corrida bem longa nesse campo, procuro manter o equilíbrio, a sensatez e a moderação quando o assunto é álcool.
Afinal nada mais deprimente do que uma mulher alcólatra, mas também, como dizem por aí, "quem não bebe não vê o mundo girar."
heheheheheeh! Fiquei imaginando a cena e, só rindo mesmo. Seus pais dvem ter passado o maior aperto, mas, certamente, quando se lembram do fato ainda devem rir bastante.
ResponderExcluirBjs.
Segundo meus pais, meu primeiro porre foi de batida de pêssego aos dois anos de idade. Pode acreditar, porque me contam essa história até hoje.
ResponderExcluirDepois aos quatorze anos no reveillon tomei um porre de vinho. E depois dos 18 foram muitos porres, muitos micos, muitos problemas ligados ao álcool e drogas. Acho que não tem como negar que tenho um problema com isso. Se bem que hoje em dia beba cada vez menos e mais controladamente... rs
Beijocas
Me acabei de rir e lembrei de varias situações de minha infância. eu era bem traquino. rsrsrs. Poxa, gostei muito de sua vivencias. Como as crianças são procuradoras de aventuras e descobridoras exímias, não é ? E como a infância modela muito do que levamos para nossas vidas, como : gostos, manias, tendencias. Enfim, gostei muitoo do que você escreveu. Você disse que tinha um selo pra mim. Muito obrigado por ele, só que não sei como pegar pra no blog. Mesmo assim, muito obrigado. Fico feliz por ter gostado do que escrevi e feliz por poder ser seus textos também. :)
ResponderExcluir